Curva PF: O que é e como aplicá-la na manutenção

A curva PF é uma excelente ferramenta para auxiliar nas ações voltadas para a área de manutenção de ativos. Entretanto, muitas empresas ainda não utilizam o gráfico, e alguns funcionários até têm dificuldades para colocá-la em prática.

Em decorrência disso, preparamos este post explicando o que é a curva PF, qual a sua importância e como utilizá-la na gestão da manutenção. Se você ainda não domina esse assunto ou quer aprofundar seus conhecimentos, continue a leitura!

O que é a curva PF?

Basicamente, a curva PF é um gráfico que busca descobrir o potential failure de um ativo. Ou seja, seu potencial de falha.

Serve para analisar a confiabilidade de máquinas e equipamentos, e identificar o período entre a falha potencial e a funcional dos ativos. Por levar em consideração a confiabilidade, a curva PF segue os padrões de Reliability Centered Management (RCM). Que em português, chamamos de manutenção centrada na confiabilidade.

Como se trata de uma ferramenta analítica, a aplicação da curva PF pode ser extremamente importante para a empresa melhorar todo o processo de manutenção.

Entendendo a curva PF

O gráfico da curva PF é teoricamente simples: sua composição possui dois eixos principais, um representando a performance e outro o tempo. O objetivo é demonstrar a performance de um determinado equipamento em relação à sua durabilidade.

No gráfico, o ponto P é o potencial. Ou seja, o momento em que a falha surge no ativo, e é detectável ainda que no seu estágio inicial. O ponto F, por outro lado, é a falha funcional, que causa a incapacidade do ativo executar suas funções com eficiência.

Abaixo veja um exemplo da curva PF:

curva pf

Qual a importância da curva PF?

O seu principal objetivo é garantir o bom funcionamento dos equipamentos pela maior quantidade de tempo possível.

Se a empresa não utiliza a curva PF, ela não consegue identificar possíveis falhas. E se não consegue fazer isso, deixa de agir com antecedência para corrigir erros e impedir paralisações.

Quando um equipamento já está mais próximo de falhar, ele costuma apresentar alguns problemas perceptíveis. Por exemplo, ruído audível, peças soltas e grande quantidade de calor.

O ideal, nesse caso, é que a empresa não deixe o ativo chegar nesse ponto. Mas, para isso, é necessário usar o gráfico.

Como utilizar o gráfico da curva PF?

Para usar o gráfico de curva PF, a empresa precisa aplicar técnicas relacionadas à manutenção preditiva e sensitiva. Assim, deve-se avaliar a condição das máquinas e equipamentos, e prever os custos de reparo em cada etapa da vida útil dos ativos.

O eixo X, ou seja, o eixo horizontal, representa o tempo de operação de um ativo específico. Já o eixo Y, que é o eixo vertical, equivale à performance do ativo ou à sua resistência à falha.

Na prática, a curva mostra como o desempenho do ativo vai diminuindo ao longo do tempo. Então, a empresa pode acompanhar esse gráfico para saber quando aplicar a manutenção.

Abaixo citamos algumas técnicas preditivas que podem ser usadas em conjunto com a curva PF para identificar potenciais falhas:

1- Medições por ultrassom

Na manutenção preditiva o ultrassom é usado para prevenir ocorrências que possam levar a uma paralisação da produção de uma indústria. Com ele, é possível detectar vazamentos e verificar as condições de operação e lubrificação de componentes.

2- Análise de vibração

Essa técnica possibilita a identificação de falhas nos componentes de equipamentos rotativos. Ela também permite verificar a taxa de variação das forças dinâmicas que estão sendo geradas.

3- Análise de óleo

A análise de óleo é, sem dúvidas, uma das ferramentas mais usadas para fazer a manutenção preditiva dos equipamentos. Com ela, a empresa consegue monitorar e avaliar as condições dos fluidos.

4- Monitoramento de ruídos

O ideal é que um rolamento tenha um ruído, mas contínuo e constante. Por isso, é interessante fazer esse monitoramento para verificar se o som está conforme o desejado. Se estiver irregular, é sinal de que há um problema.